10Nessa série com dois posts vou contar um pouco sobre a nossa primeira visita ao Brasil, nossas impressões e nossa percepção de como a imigração pro Canadá mudou nossa forma de ver, pensar e agir perante certas situações.
Nós fomos ao Brasil primeiramente por causa de um casamento em que a Rey foi madrinha. O casamento foi em Búzios, RJ. Lógico que aproveitamos pra passar uns dias na nossa terrinha em Vitória, ES, matando a saudade da família e amigos.
O trânsito
MANO DO CÉU COMO ESSA GALERA DIRIGE NA DOIDERA!!! É impressionante como a gente se acostuma rápido com certas coisas. No momento em que escrevo este post fazem aproximadamente 1 ano e meio que a gente se mudou.
Lógico que eu lembrava como era dirigir no Brasil mas a impressão que eu tenho hoje é que por estarmos muito acostumados com o trânsito ser do jeito que é a gente acaba realmente não percebendo a loucura total. Depois de 1 ano e meio fora, já deu tempo de acostumar com o trânsito daqui, que é muito mais tranquilo e organizado, e causar esse “choque de realidade”.
Logo na saída do aeroporto pedimos um Uber. O motorista foi ótimo, super simpático, nos ajudou a colocar as malas no carro e saímos. Mal saímos da área do aeroporto já veio um cara cortando pela direita pra ficar na pista enquanto a gente tinha que pegar a saída pra direita. E o motorista nem piscou: continuou conversando normalmente com a gente como se nada tivesse acontecido.

Fast and furious?!
Ninguém dá seta, os ônibus se jogam em cima das pessoas, faixa de pedestre/cinto de segurança/semáforo/placas de velocidade máxima são meras sugestões. A velocidade máxima é 60, mas dá pra ir a 130, porquê não, né?
Toda vez que a gente entrava num Uber (especialmente no Rio de Janeiro, pois em Vitória já é bem mais tranquilo) parecia que o Vin Diesel era o motorista e eu tinha que ficar me lembrando que “é assim mesmo, esse é o jeito que a galera dirige aqui! Se ele tentar seguir as regras certinho tem mais chance de dar problema”.
Toda essa dinâmica realmente foi meio assustadora pra gente neste momento e nos fez perceber como a gente achava certas coisas normais que, na real, não são nada normais.
Já em Vitorinha o trânsito é bem mais tranquilo então foi mais de boas. Ainda uma zona, mas nem de longe tão insano como no Rio de Janeiro.
Os serviços
Vocês já repararam como brasileiro é rico? A gente não tinha reparado até agora!! No Brasil é muito comum as pessoas terem pessoas prestando serviço para elas o tempo todo. Seja a diarista pra limpar a casa, o porteiro que segura a porta do elevador pra você, o frentista no posto de gasolina, ou até uma pessoa pra cozinhar. E não precisa ser necessariamente rico de verdade para ter todas essas mordomias.

Quando chegamos ao Rio de Janeiro ficamos na casa de um casal de amigos muito queridos que nos receberam de braços abertos e não me deixaram nem pagar a pizza ¬¬
Ao chegar na casa deles, fomos recebidos pelo porteiro que já havia sido informado da nossa chegada e abriu a porta para nós. Como estávamos com malas e bagagens, e bolsas, e etc… eu percebi que ele abriu a porta do elevador e ficou segurando. Imaginei que isso era um gesto de boa vontade da parte dele para nos ajudar dada a nossa situação.
Só que não! Faz parte do trabalho dele abrir e segurar a porta do elevador pra todo mundo! Confesso que isso realmente me deixava um pouco desconfortável toda vez que eu ia entrar no prédio e lá estava ele segurando a porta do elevador pra mim.
Casa, comida e roupa lavada
Outra situação desse gênero aconteceu um dia em que eu acordei e tinha uma pessoa limpando a casa e fazendo comida. Eu juro pra vocês que meu “pensamento-reflexo” foi: caramba, não sabia que eles tinham tanto dinheiro assim pra ter gente limpando a casa e cozinhando.
Só depois que eu me toquei que isso é totalmente normal e praticamente todo mundo tem alguém para fazer serviços domésticos no Brasil.
Não me entendam mal: eu acredito que trabalho é trabalho e todos são dignos. No entanto, ser servido dessa forma por esses profissionais me causou um certo desconforto, que não causava antes. Estando já habituado com como as coisas funcionam no Canadá, me pareceu um certo exagero o profissional da portaria ficar segurando a porta para eu entrar no elevador, por exemplo.
A comida
Como um bom gordo-nerd-sedentário, eu adoro comer. E eu gosto de comida boa, bem feita, de qualidade. Quem segue a gente no instagram viu a quantidade de gordice que a gente enfiou a cara no Brasil rsrsrsrs.
A verdade é que a comida no Brasil é muito boa, e a gente estava com muita saudade de certos sabores. Veja, não estou dizendo que não gosto da comida no Canadá! Muito pelo contrário, a gente adora a comida aqui!! (por acaso, neste exato momento em que estou escrevendo esse post, a Rey acabou de comentar comigo que ela está com saudade de ir ao nosso restaurante de churrasco japonês favorito)
A questão é que cada lugar possui sabores diferentes. E a gente estava era com saudades de certos sabores que a gente ainda não encontrou por lá. Por exemplo, a PIZZA! A pizza norte-americana é legal. Não é um negócio ruim, sabe? É uma pizza gostosa. Mas uma pizza como a que comemos no Pappa Jack do Leblon… Mano do céu… Deu água na boca só de lembrar!! Vou matar vocês de vontade aqui embaixo e sair correndo! HAHAHA
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Encontrinho
Se você nos segue no insta ou no facebook, você viu que nós fizemos um encontrinho com nossos seguidores e leitores lá na pizzaria Pappa Jack do Leblon, no Rio de Janeiro. O pessoal da Pappa Jack reservou um espacinho para nós e ainda deixou um garçom só por nossa conta!
Com um atendimento fantástico e pizzas mais que deliciosas, o pessoal da Pappa Jack garantiu que nosso encontrinho fosse um sucesso!! Mais de 25 pessoas compareceram e trocamos muitas figurinhas e experiências! (sério, nunca que a gente estava esperando que fosse dar essa quantidade toda de gente!! Principalmente por sermos ainda um blog muito novo.)
Se liga nas fotinhas do evento:
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Então, fica aqui um agradecimento super especial a toda equipe do Pappa Jack do Leblon pelo apoio nessa empreitada =)

Passada a vontade de comer aquela pizza maravilhosa, aí a gente enfiou os dois pés na jaca mesmo! E ainda demos uns pulinhos pra garantir que tava bem fundo HAHAHAHA.
Fizemos o tour da gordice com tudo que tem direito!!! Churrascaria, moqueca, feijoada da minha mãe (sério, não tem explicação um negócio daquele não), hamburguerias, e ladeira a baixo.
Parte 2
Bem como essa é a parte 1 do texto, já sabem que tem a parte 2 vindo aí né? Na parte 2 vamos falar sobre atendimento, empregos, política e segurança. Ou seja, MUITA COISA interessante de discutir também!
E vocês que já tiveram a experiência de voltar ao Brasil, alguma dessas coisas aí de cima te impactou quando chegou lá? E quando você voltou para o Canadá? Deixa aí nos comentários!
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